Brasil chega a 113 parques tecnológicos em 2025, revela estudo do MCTI
Nova publicação destaca impacto dos ambientes de inovação no crescimento de empresas, geração de empregos e redução das desigualdades regionais
O Brasil conta atualmente com 113 parques tecnológicos distribuídos pelas cinco regiões do país, conforme revela o estudo “Evolução, Impacto e Potencial dos Parques Tecnológicos do Brasil”, lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no dia 13 de outubro, durante a 35ª Conferência da Anprotec, realizada em Foz do Iguaçu (PR).
Segundo os dados, 64 parques estão em operação, 42 em fase de implementação e sete em planejamento. Esses espaços já abrigam 2.706 empresas e organizações, consolidando-se como um dos principais pilares da política de promoção à inovação e ao desenvolvimento regional.
Investimento público fortalece base científica e tecnológica do país
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Daniel Almeida, destacou que esse avanço é fruto de quatro décadas de políticas públicas iniciadas ainda em 1984. Apenas nos últimos anos, o ministério, em parceria com a Finep, destinou R$ 670 milhões do FNDCT ao apoio de 56 parques tecnológicos, ampliando a presença dessas estruturas em todo o território nacional.
Além disso, o edital lançado em 2024 pela Finep, com recursos de R$ 100 milhões, buscou corrigir assimetrias regionais ao incentivar a criação de parques em estados ainda sem essa estrutura.
Parques tecnológicos impulsionam inovação, patentes e faturamento
A presidente da Anprotec, Adriana Ferreira de Faria, que também coordenou a pesquisa, apresentou dados que confirmam o impacto direto dos parques sobre as empresas vinculadas. Entre 2017 e 2023, houve crescimento expressivo em faturamento, número de funcionários e registros de patentes.
“Os ambientes de inovação funcionam como funis de seleção, que identificam e desenvolvem os projetos de maior potencial”, afirmou Adriana. Mais de 14 mil iniciativas foram apoiadas nesse período, o que demonstra o papel estratégico desses espaços no ecossistema nacional de inovação.
Distribuição nacional e setores atendidos
Embora todas as regiões brasileiras tenham pelo menos um parque tecnológico, 11 estados ainda não possuem estruturas em operação. Acre, Mato Grosso do Sul e Rondônia são os únicos sem nenhuma iniciativa do tipo. Isso reforça a importância dos editais recentes voltados à interiorização da política de inovação.
Em relação aos setores atendidos, 50% das empresas dos parques atuam em tecnologia da informação. Os demais segmentos incluem economia criativa (10%), saúde humana (9%), biotecnologia (8%), agronegócio (8%) e suporte à ciência, tecnologia e inovação (8%).
O estudo, elaborado com apoio da Universidade Federal de Viçosa e da plataforma MCTI-InovaData.br, oferece uma visão atualizada sobre o papel dos parques como catalisadores de inovação, competitividade e geração de empregos qualificados no Brasil.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – Publicado em 14/10/2025
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