Setor de TI é o segundo que mais investe em Pesquisa e Desenvolvimento
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Estudo realizado pela Assespro-PR também mostra crescimento no número de profissionais de TI ocupando espaço em P&D
O Ramo de Serviços em TI é um dos que mais recebem investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de fontes próprias, com uma taxa de 95%, fica atrás somente de Eletricidade & Gás, que segue na liderança com 100%. Quando o comparativo é feito entre ramos mais dinâmicos, de atividades industriais, TI lidera com 95%, seguido por Equipamentos de Informática (93%), Produtos Químicos (93%) e Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos, com 76%.
O dado está relacionado no Insights Report de junho desenvolvido pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná (Assespro-PR) em parceria com o Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O estudo baseado nos números do IBGE (2011-13, 2012-14 e 2015-17) indica como o ramo de TI destacou-se nos quesitos: investimentos internos de P&D com participação das fontes de financiamento, número de profissionais envolvidos em atividades internas de P&D, além da qualificação deste pessoal.
Quando se trata de financiamentos por fontes externas para P&D ao setor de TI, em 70% dos casos estes provêm de fontes públicas. O restante envolve parcerias com empresas estatais, instituições de pesquisa, universidades ou ainda de fontes estrangeiras.
O estudo apontou também que houve um crescimento no número de pessoas ocupadas em P&D nos Serviços de TI entre os anos de 2011 e 2017: de 3,3% para 4,1%. Este ramo ficou atrás somente do Ramo de Equipamentos em Informática, que em 2011 possuía ocupação de 5%, mas que em 2017 caiu para 4,4%.
Mas, mesmo com a crescente ocupação, um ponto que merece atenção especial é a especialização destes profissionais de P&D: 81% possui ensino superior completo (81%) e apenas 7% do total conta com pós-graduação.
“A pós-graduação é um dos elementos importantes e que interferem diretamente na qualidade da inovação tecnológica, para que seja menos incremental e mais disruptiva ”, explica Victor Pelaez, doutor em Ciências Econômicas e um dos responsáveis pelo Insights Report.
Para Adriano Krzyuy, presidente da Assespro-PR, os números demonstram um pouco sobre quais são os principais desafios para que o setor continue em destaque. “O ramo de TI está acima da média nacional em investimentos P&D, porém ainda não satisfaz quanto a especialização dos profissionais. Por isso, devemos nos basear na pesquisa para a captação de recursos externos mais significativos para que exista de fato a possibilidade de inovações mais disruptivas e assim aumentar a produtividade neste ramo de serviço”, conclui.
Fonte: IP News
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